terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

O pecado de não orar

RICE, John R. & SANTOS, P. Jonathan Ferreira dos. O pecado de não orar. 3 ed. São Paulo: Vale da Bênção, 2010. 84p.

1) O pecado de não orar
“E longe de mim esteja pecar contra o Senhor, deixando de orar por vocês”1 Sm 12.23
Não orar é um pecado horrível. Faz parte do desprezo da alma perdida pela pessoa de Cristo. É o mesmo que a apostasia num filho de Deus. Não orar é mais uma forma de exprimir a incredulidade.
É pecado quando oramos e pedimos erradamente para consumir em nossa luxúria aquilo que Deus nos deu. Também é pecado orar sem fé. O nosso maior problema e talvez, o nosso maior pecado, não é que oramos mal, e sim, que não oramos.
Os discípulos rogaram a Jesus: Senhor, ensina-nos a orar. Não disseram: Senhor, ensina-nos como orar.

2) Provas de que é pecado não orar
“E longe de mim esteja pecar contra o Senhor, deixando de orar por vocês”1 Sm 12.23
A Bíblia ordena: “Orem sempre” 1 Ts 5.17
Jesus “contou aos seus discípulos uma parábola para mostrar-lhes que eles deviam orar sempre e nunca desanimar.” Lc 18.1 Essa é uma ordem de Jesus e não obedecer é pecado.
Encontramos nas Escrituras a ordem de que o cristão deve se vestir da armadura completa de Deus “...orando no Espírito, em todas as ocasiões, com toda oração e súplica; tendo isso em mente, estejam atentos e perseverem na oração por todos os santos. (Ef 6.18)
Várias vezes Deus diz que os homens devem orar sem cessar. Portanto, o não orar constantemente é desobedecer e pecar. Passar muito tempo sem orar está na mesma classe do pecado da embriaguez ou do vício de usar narcóticos. Por causa da repetição, acaba por se tornar um hábito.
Entretanto, perguntamo-nos: como pode alguém orar sem cessar? Não é isso impossível? Não, não é impossível. Afinal de contas, se Deus nos manda fazer, é porque é possível. A alma de um cristão pode ser possuída por Deus e desejar Sua presença de tal maneira que tanto o consciente como o subconsciente continuam a súplica e a busca do rosto do Senhor, da Sua vontade, da Sua obra e do Seu caminho.
Se uma mãe pode estar consciente do seu pequenino enquanto ela dorme, e um cavaleiro pode estar consciente do seu cavalo e manter-se em equilíbrio enquanto dorme, não poderá um cristão que ame o Senhor com toda a sua alma, e que deseja intensamente uma bênção, também estar consciente de Deus enquanto dorme?
Não orar é pecado porque abre a porta a todos os demais pecados. “Vigiem e orem para que não caiam em tentação. O espírito está pronto, mas a carne é fraca.” Mc 14.38. Também no Pai Nosso: “E não nos deixes cair em tentação, mas livra-nos do mal.”Mt 6.13. A oração é o remédio contra a tentação. Ela é o caminho para derrotar o mal.
Nesse sentido somos ordenados a tomar a armadura de Deus, para que possamos ficar firmes contra as astutas ciladas do diabo e para que possamos resistir no dia mal. Tomar a armadura de Deus inclui a oração constante.
Diz um velho provérbio que o diabo treme quando vê ajoelhado o mais débil santo. John Bunyan, autor de O Peregrino, escreveu: “A oração fará com que um homem deixe de pecar. Por outro lado, o pecado seduzirá o homem que deixa de orar.”
Para uma prova final de que não orar é pecado, só precisamos examinar o registro sobre os cristãos bíblicos. O maior exemplo é Jesus: subiu ao monte para orar (Mt 14.23; Mc 6.46; Lc 6.12); retirava-se para lugares solitários (Mc 1.35; Mt 26.36; Lc 5.16). Quando da Transfiguração, Jesus subira o monte para orar (Lc 9.29). A nossa falta de oração mostra que ignoramos o mandamento de Deus, de imitar a Jesus.
O livro de Atos registra em vários momentos a oração constante dos discípulos (At 12.5; 1.14; 13.1-3). O nosso pecado de não orar se torna ainda mais evidente quando nos comparamos com missionários como Carey, Judson, Hudson Taylor, Hyde, e outros homens que se empenhavam continuamente em oração.
Quando a nossa falta de uma vida de oração se compara com a vida de Brainerd, que passou dias em oração e jejum, ajoelhando-se com freqüência sobre a neve dos bosques, implorando a Deus pela salvação dos índios, quão insinceras parecem as nossas desculpas por não ganharmos almas! Quando lemos sobre as grandes vigílias de Carlos Finney nos bosques, ou em dias de oração e jejum, terminando num batismo de poder renovador, e em avivamentos maravilhosos, com centenas de pessoas salvas, como podemos desculpar o nosso pecado de não orar? Quando aprendemos como George Muller orou e alimentou milhares de órfãos, orou e enviou missionários até os confins da terra, orou e deu Bíblias, livros e tratados aos milhares, recebendo mais de sete milhões de dólares de Deus, sem jamais haver pedido um centavo a alguém; quando ele também orou e argumentou com Deus, e soube o que é esperar diariamente no Senhor; se comparados com Muller, que pecadores somos em não orar!

3) Os Tristes Resultados de não orar
Além do fato de que a nossa falta de oração abre a porta a todo o pecado, o povo de Deus não obtém o que deveria ter: “Não têm, porque não pedem” Tg 4.2.
“Entre vocês há alguém que está doente? Que ele mande chamar os presbíteros da igreja, para que estes orem sobre ele e o unjam com óleo, em nome do Senhor. A oração feita com fé curará o doente; o Senhor o levantará. E se houver cometido pecados, ele será perdoado.” Tg 5.14,15
“Se alguém de vocês tem falta de sabedoria, peça-a a Deus, que a todos dá livremente, de boa vontade; e lhe será concedida.” Tg 1.5
Não pedem e não recebem. Não buscam e, consequentemente, não acham. Não batem e, como resultado, a porta não se lhes abre (Mt 7.7-8).
Um grande número dos filhos de Deus vivem neste mundo como órfãos, como se Deus não os amasse. Eles se comportam como se o Senhor não fosse capaz de cuidar dos Seus.
Quando não oramos perdemos muitas bênçãos. As pessoas estão enfermas, quando poderiam estar sãs. Alguns morrem, quando poderiam viver (Is 38.1; 2 Cr 16.12-13). Os negócios fracassam, quando poderiam prosperar.
Outro resultado triste da nossa falta de oração é que a obra de Deus sofre e enfraquece. “Se o meu povo, que se chama pelo meu nome, se humilhar, e orar, e buscar a minha face e se afastar dos seus maus caminhos, dos céus o ouvirei, perdoarei o seu pecado e sararei a sua terra.” 2 Cr 7.14.
Sabemos que muitos avivamentos nos tempos bíblicos se efetuaram devido a temporadas de oração e espera em Deus. Contudo, se orássemos perseverantemente, a própria oração nos levaria à obediência e ao poder.
Milhares de almas estão indo para o inferno porque não estamos orando. Nada mostra mais fortemente a perversidade de não orar que este fato: se os cristãos não oram como devem, muitos que poderiam ser ganhos para Cristo vão para o inferno (Rm 10.14).
4) O que o Pecado de não Orar revela em nossa Natureza Pecaminosa
Deveríamos admitir francamente o fato de que, quase todos nós, não nos alegramos na oração. Se tivéssemos esse gozo, com certeza oraríamos mais. Comemos porque temos fome. O corpo reclama comida. Dormimos porque temos sono. O corpo pede descanso. Se trabalharmos mais, o corpo precisará de mais comida, porque temos mais fome e comeremos mais. Se estamos enamorados de alguém, ansiamos pela sua companhia e queremos estar ao seu lado todas as horas possíveis. E tudo isso ilustra simplesmente o fato de que se o nosso coração tivesse mais fome de Deus, oraríamos mais. Se realmente nos alegrássemos na Sua presença, nós O buscaríamos mais. Estaríamos prontos a ler menos, comer menos, a dormir ou nos divertir menos, para sobrar mais tempo para a oração. Não orar demonstra que realmente não temos gozo em Deus.
Sejamos honestos ao examinar o nosso coração. Não é verdade que, frequentemente, oramos só por obrigação? A queixa de Isaías, citada pelo Senhor, era que o povo me honra com os lábios, mas o seu coração está longe de mim. Mt 15.8. Se não colocamos o nosso coração nas nossas orações, se não temos prazer em nos achegarmos a Deus, se não temos gozo na oração, e se esta não nos atrai, quão pecadores somos nós!
Então vocês clamarão a mim, virão orar a mim, e eu os ouvirei. Vocês me procurarão e me acharão quando me procurarem de todo o coração. Jr 29.12-13
Deus está mais disposto a nos ouvir do que nós estamos a orar. Se tivéssemos mais prazer na oração do que em outras coisas que fazemos, não é certo que oraríamos mais?
Se somos salvos, filhos de Deus, nascidos de novo, então é de se supor que nós o amamos. Contudo, é triste reconhecer que muitos de nós não temos realmente gozo na companhia do nosso Pai Celeste, e passamos pouco tempo com Ele, mesmo que seja para pedir Suas bênçãos e receber as que Ele nos tem oferecido.
Não ora é prova da nossa incredulidade
Sem fé é impossível agradar a Deus; pois quem dele se aproxima precisa crer que ele existe, e que recompensa aqueles que o buscam. Hb 11.6
Como, pois, invocarão aquele em quem não creram? Rm 10.14
A oração é a prova de fé para o perdido. Mas não é igualmente certo que a oração é a prova de fé para o cristão?
Quando estamos doentes e procuramos o médico antes mesmo de orar, é porque realmente temos mais fé na medicina do que em Deus. Não estou dizendo que os cristãos não devam usar os medicamentos ou procurar médicos e hospitais; Deus usa frequentemente esses meios para fazer a sua bendita obra. Entretanto, se um filho de Deus que realmente crê que a sua saúde depende do Senhor, e que a cura, seja por médicos e medicamentos, ou sem eles, deve vir de Deus, não é óbvio que o que crê nisso irá orar antes de fazer qualquer outra coisa? Nossa falta de oração prova que, realmente, temos pouca confiança em alcançar a resposta.
Não há dúvida de que se tirarmos da soma total das nossas orações todas as que foram feitas por obrigação, e para sermos vistos pelos homens, o pouco que sobra dará a medida exata da nossa fé em um Deus que ouve e responde nosso clamor.
Não orar prova a nossa fraqueza.
Orar é um trabalho pesado, pois exige pensar, concentrar e persistir. Temos de vencer todos os obstáculos para que a verdadeira oração aconteça. É preciso esforço para não ceder ao desânimo nem à tentação de desistir. Satanás tentará nos impedir de orar, fazendo-nos muito ocupados com outros assuntos.
A Bíblia diz que Jesus, no Getsêmani, orava mais intensamente, O seus suor tornou-se em gotas de sangue, que corria te o chão (Lc 22.44). Brainerd, ajoelhado na neve e intercedendo pelos índios que amava, orava até não sentir o frio. Finney, ajoelhado numa pele de búfalo, num prado, depois de uma reunião noturna, orava longamente de madrugada, vencendo o frio gelado de Nova Iorque. Paulo fala a respeito de Epafras: Ele está sempre batalhando por vocês em oração. Cl 4.12.
Que verdadeiro trabalho é orar! E o fato de não orarmos mostra que somos cristãos preguiçosos, indiferentes, com pouco amor pela obra de Deus. Somos cristãos gordos, bem alimentados, indolentes e indiferentes. Não orar é prova de preguiça.
Não orar prova que Deus não é prioridade para nós.
Não orar é quase uma prova de idolatria. Os apóstolos disseram: E nos dedicaremos à oração e ao ministério da palavra. At 6.4. Primeiro orar; depois pregar. Nós, os pregadores, estamos mais interessados em nossos sermões do que na salvação das almas. Estamos mais preocupados com o que dizemos aos homens do que com o que dizemos a Deus.
Gostaria de sugerir que você contasse o tempo que gasta com seu entretenimento e comparasse com o que gasta em oração. Devemos ser capazes de orar em todo o tempo. Orar sem cessar e orar sempre e nunca desfalecer são mandamentos bíblicos. E isso significa que precisamos orar, mesmo enquanto estamos ocupados com outras coisas. Devemos também ter tempo, todos os dias, para deixarmos de lado todo o trabalho para nos entregar por completo à oração. E não diga que é impossível, porque os maiores homens de Deus, os mais ocupados, sempre encontraram tempo para se entregaram à oração.
Martinho Lutero dizia que não conseguiria dar conta de tanto trabalho que tinha de fazer para Deus, a não ser que orasse três horas por dia. Como ele trabalhava em oração! Para Lutero, orar era lutar, pelejar, agonizar. Certa vez, enquanto orava, Satanás apareceu para ele de maneira tão real, como tentador injurioso e mau, que Lutero atirou o tinteiro nele.
Moody levantava-se regularmente às quatro horas para poder ter, pelo menos, uma hora completa com Deus, em oração e leitura da Bíblia, antes que qualquer outra pessoa da casa despertasse. Hudson Taylor tinha o hábito de despertar à meia-noite para passar uma ou duas horas ininterruptas com Deus. Studd, na África, levantava-se para orar às três da manhã. É um fato surpreendente que os homens que mais trabalharam para Deus foram aqueles que mais tempo passaram em oração. Nossas desculpas são inaceitáveis. Não oramos porque não cremos que a oração seja tão importante como as outras coisas que fazemos. Pensamos que comer, dormir, visitar e pregar é mais importante do que orar. A nossa falta de oração prova que outras coisas estão em primeiro lugar em nossa estima e amor.

5) Como vencer o pecado de não orar
Procure dedicar um pouco de tempo, ainda bem cedo, todos os dias, para orar e meditar na Palavra de Deus. Um bom horário pela manhã seria antes de comer. Sem Oração e Bíblia, sem café da manhã.
Crie o hábito de orar até alcançar paz com relação ao problema ou a dificuldade que esteja passando.
É preciso separar tempo para orar sobre os problemas que nos sobrevêm.
Deixe de formalidades e permita que a oração seja uma conversa simples com Deus. Não ore pensando nos que estão ouvindo a oração. Ore pensando em Deus somente.
Procure seguir os exemplos da Bíblia e seus ensinos sobre a oração. Jacó orou toda a noite no Jaboque (Gn 32). Jesus também. Jesus saiu para o monte a fim de orar, e passou a noite orando a Deus. Lc 6.12. A rainha Ester e suas damas jejuaram e oraram durante três dias e três noites. Os habitantes de Nínive oraram, sem comer ou beber, durante vários dias, até que Deus ouviu, libertou a cidade e os salvou. Os apóstolos jejuaram e oraram dez dias antes do Pentecoste. E você alguma vez já ficou um dia sem alimento, enquanto buscava o plano do céu, e enquanto a sua mente estava absorta em Deus, buscando o Seu poder?
Não será uma bênção seguir, alguma vez, a permissão dada em 1 Co 7.5, e por consentimento mútuo e amoroso, separarem-se o esposo e a esposa por alguns dias para se aplicarem à oração?
Façamos da oração a grande meta da nossa vida. O maior gozo. A atividade sempre inacabada.

6) A vida de oração dentro do Santo dos Santos
Ali virei e falarei contigo de cima do propiciatório, do meio dos querubins. Ex 25.22
O Sumo Sacerdote entrava no Santo dos Santos uma vez por ano. Esse lugar de santidade tornava-se o Céu na Terra. Era a glória de Deus manifestando-se na Terra. Homem e Deus face a face. O homem consagrado sacerdote e, mais ainda, consagrado Sumo Sacerdote, nem ousava falar, mas somente contemplar, ouvir, gozar a presença deslumbrante do sobrenatural.
Jesus penetrava diariamente no Santo dos Santos, onde ouvia de Seu Pai tudo o que precisava saber para fazer a vontade de Deus na Terra e também receber poder, autoridade e unção para fazer as obras maravilhosas que realizou e para ensinar com toda a sabedoria e autoridade tudo o que precisava ensinar aos homens (Mt 14.23; Mc 1.35; 6.46; Lc 5.16; 6.12; 9.18, 28,29; 11.1). Enquanto Ele estava orando o céu se abriu Lc 3.21-22.
Eis motivação para orarmos mais. Que eu não me deixe envolver por tantas atividades, para poder gastar tempo no Santo dos Santos, onde é possível viver o Céu na Terra. Onde se pode ouvir a voz do Pai. Onde se recebe a sabedoria do Alto, e a energia divina, e a unção do Espírito de Deus, para que o obreiro de Deus faça a sua obra não com a força do braço de carne, mas na plena força de Deus no homem.
Por causa do sacrifício redentor de Jesus Cristo nós temos plena confiança para entrar no Santo dos Santos, por um novo e vivo caminho que Ele nos abriu Hb 10.19.
Quando não oramos, pecamos contra nós mesmos, pois a nossa alma definha por ficar tanto tempo desligada da fonte da vida eterna. Pecamos contra Deus quando não oramos porque mostramos desprezo pela presença do Senhor.
Não orar, ou orar apressadamente, é menosprezar a ação divina, pela qual o Senhor tomou todas as providências para ter o crente próximo dEle aqui na Terra. Não orar é absoluta falta de consideração para com Deus. Revela um coração frio e uma mente mundana.
Pecamos também quando não oramos porque é no lugar da oração que intercedemos pela nossa família, pelos nossos parentes, pelos nossos amigos e vizinhos. É no Santo dos Santos que pedimos a intervenção do Deu a favor dos necessitados. Portanto, quando não oramos, os que têm falta da graça de Deus ficam ainda mais empobrecidos.
Ah, se os pregadores orassem mais! Se os pregadores ficassem mais tempo no Lugar Santíssimo! Suas congregações começariam a orar também. Seria o início de um avivamento. Aquele avivamento tão aguardado.

Apêndice
Deus ouve e responde as orações
A oração é um dos mais preciosos sagrados privilégios do homem.
No ano de 1853 o verão foi excessivamente quente e seco. As pastagens achavam-se ressequidas. Parecia que os agricultores iriam perder toda a colheita. Certo dia, como de costume, a grande congregação da Igreja de Oberlin reuniu-se no templo. Embora o céu estivesse claro, Finney sentiu o peso de orar a Deus pedindo chuva. E disse: “Senhor, não temos a presunção de dizer-Te o que é melhor para nós. Entretanto, Tu nos conclamas a Te buscar, como uma criança busca seu pai terreno para Te apresentar nosso pedidos. Queremos chuva, Senhor! Os pastos se encontram secos. A terra está rachando, precisando de água. O gado vaga de um lado para outro e se abaixa procurando o que beber. Até os esquilos estão passando sede. Se não nos deres água, nosso gado irá morrer, e não teremos colheita. Senhor, manda-nos chuva, e manda agora, Senhor! Isso é muito fácil para Ti, Pai! Manda-a agora, Senhor! Em nome de Cristo!
Alguns minutos depois ninguém mais conseguiu escutar a sua voz, por causa do ribombar dos trovões e do barulho da chuva no telhado. (In: COWMAN, Littie. Manaciais do deserto. Belo Horizonte: Betânia, p. 264, v.2).

REDE

Queridos irmãos,

existem retornos a esta rede que nos animam a continuarmos na oração concentrada pelos motivos que nos chegam e que sistematizamos quinzenalmente. Além dos motivos, estes relatos de envolvimento (como o do MT que está abaixo) dão uma dimensão melhor do envolvimento das muitas comunidades, grupos e pessoas. Envie o seu. Eis os motivos para a próxima quinzena (reduzidos a 4, por causa dos muitos detalhes destes):

- A Mídia ignora a histórica defesa ecumênica do casamento; prefere nos dizer o que tipos como Lady Gaga pensam sobre o tão divulgado “casamento” de mesmo sexo. Com o caso Perry versus Schwarzenegger, que alterou a legislação restritiva da Califórnia/EUA, foi divulgada uma carta intitulada “The Protection of Marriage: A Shared Commitment” (A proteção do casamento: um compromisso em comum). O termo “em comum” não é mera retórica. Entre os signatários estão incluídos líderes judaicos e de várias tradições cristãs, inclusive católicos, ortodoxos, anglicanos, batistas, evangélicos, luteranos e pentecostais. O que os signatários têm todos em comum é a convicção de que o casamento é a “união permanente e fiel de um homem e uma mulher”. É a “base natural da família” e “uma instituição fundamental para o bem-estar de toda a sociedade”, não só dos que creem numa religião. Conforme o arcebispo Timothy Dolan descreveu, “as pessoas de qualquer religião ou nenhuma religião podem reconhecer que quando a lei define o casamento como entre um homem e uma mulher, ela legalmente une uma mãe e um pai um ao outro e a seus filhos, reforçando a célula fundamental da sociedade humana”. Portanto, “a lei do casamento não é sobre impor a religião de ninguém, mas sobre proteger o bem comum de todos”. Então, oremos por maior unidade diante desse assunto;

- Irno (de Três Lagoas/MS) escreveu: Via SUS meu caso foi encaminhado a Barretos para análise. É o maior centro oncológico da América do Sul. O problema é que provavelmente terei que entrar numa fila de espera, pois meu caso vai ser qualificado de "fase inicial" de câncer. Há uma ótima opção em Jaú, onde é usado um método que não precisa de reposição de sangue e quase sempre a pessoa poupada totalmente do risco de precisar de sonda urinária e fraldas devido à consequente continência urinária.Mas é uma cirurgia que deve custar uns R$ 15.000,00, a não ser que consiga via Unimed. De momento estou pedindo à igreja para me ajudar por um milagre. Se no próximo exame o PSA cair para a normalidade vou entender como Deus está curando sem cirurgia, pois, afinal, cremos num Deus dos impossíveis. Mas, se Ele achar que devo passar pela cirurgia e isso faz parte da Sua escola de crescimento na vida cristã, vou à cirurgia se possível ainda em fevereiro. Em relação a reversão de colostomia da Mágada (de Crisciuma/SC) lemos: Senti-me durante 3 anos e meio como o coxo do tanque de Betesdaesperando a vez para entrar Nele e ser curada. Na segunda dia 17 as 9 horas estarei sendo operadarevertendo a minha colostomia. Peço que orem para que no pós-operatório Deus também esteja presentepois será o momento mais critico. Quero a próxima reuniao do ME no Encontro do carnavalde Lideranças e todos os lugares por onde passar proclamar as maravilhas que deus tem feito em minha vida em que a Cura também acontece conosco (Luteranos)pois servimos a um Deus Vivo e que se importa com os seus. A filha Dorothea compartilhou sobre o pastor Alcides o que segue: O pai desde novembro teve 3 internações com inconsciência ou até coma devido a infecções graves e distúrbios do metabolismo (alta de potássio). Cada vez, mesmo que praticamente desenganado – da última vez esteve até em coma – recuperou-se. Hoje vai sair, mais uma vez, do hospital. Está frágil, em parte confuso, geralmente acamado, pronto para partir para a eternidade, outras vezes o guerreiro ainda quer ficar, cuidar de pessoas do “rebanho” que o procuram, dizendo que ainda há tanto o que fazer. Ele recebe muito carinho e visitas. Elisabeth e José estão morando com ele. Jucksch tem convocado ha décadas para um retiro em Gramado que, com diversos preletores, neste ano tem o tema: "Um mergulho nas parábolas de Jesus!". Lembremos ainda do Renan (de Araripina/PE) no seu tratamento contra a leucemia, pelo Josias (de Araçatuba/SP) na sua luta contra a esquizofrenia, pela Erna Paganelli e o tratamento do problema no septo cardíaco que tem gerado isquemia cerebral transitória, incluimos aí o custeio do procedimento, pelo Arzemiro Hoffmann e a cirurgia no canal de coluna vertebral. Oremos por todos estes irmãos;

- As chuvas causaram grandes estragos no Rio de Janeiro, mas o pastor Guilherme Lieven alerta: Sabemos que depois dessa etapa chegará um estranho vazio. E um novo momento se abrirá. Sob o barulho das críticas, acusações, diagnósticos, análises, reivindicações e o lobby dos interesses, o poder público, organizações não governamentais, igrejas, associações e lideranças da sociedade civil iniciarão suas articulações e elaborarão propostas para participarem da reconstrução da cidade e do acompanhamento aos feridos e atingidos pela destruição material, física, existencial e emocional. Oremos por esta nova etapa;

- Sobre o novo projeto missionário da Missão Zero, sejamos gratos assim como o Sergio Schaefer: Desta vez o alvo foi um bairro na periferia de Teresina/PI, chamado Planalto Uruguai. Mais uma vez pude ver como o propósito de Deus acontece quando a gente arrisca em fé e em obediência ao Ide de nosso Senhor.Foi uma experiência marcante para estes setenta e sete “projetistas”. Gente jovem e também um grupinho de pessoas da terceira idade. Alguns com experiência em projetos anteriores e boa parte deles novatos. Mas como sempre acontece nestes projetosos mais abençoados foram aqueles que se dispuseram a sair de suas cidades, sacrificar suas férias, pagar para custear sua própria viagem e estadia e enfrentar desconforto, incertezas e bastante trabalho. Centenas de lares foram visitados. Milhares de pessoas abordadas nas ruas, nas praças e nas casas. Muitos, mas muitos mesmo experimentaram pela primeira vez o gosto doce do Evangelho do amor de Deus transmitido por gente simples e querida. Também enfrentamos oposição e lutas no campo espiritual tanto dentro da equipe como com pessoas a quem queríamos alcançar a mensagem do Amor de Deus. Mas Deus nos fez vitoriosos. Aleluia!

Em Cristo,

Airton Härter Palm